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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eleni Destro, editora do caderno cultural do JP afirma que obrigatoriedade do diploma para jornalismo é indispensável


Na visita realizada ao Jornal de Piracicaba, conversamos com a editora do caderno de cultura, Eleni Destro. Formada pela UNIMEP, ela trabalha como editora há 4 anos, e nos conta sobre sua rotina, suas experiências mais marcantes, sobre a obrigatoriedade do diploma e como é fazer jornalismo no interior.


"Os jornalistas devem ser polivalentes na profissão"

Arthur: Você se Formou na UNIMEP?
ED: Sim, me formei no ano de 2000.

Michaella: E logo depois você fez alguma Pós?
ED: Não, eu fiz alguns cursos de jornalismo: Jornalismo Científico, eu ganhei alguns prêmios por matérias e acabei fazendo um curso de Jornalismo Científico pela Unicamp. Eu entrei no jornal no começo de 2000, antes de me formar, fiz na verdade um estágio. Eu trabalho no Jornal desde 1991, mas em outra área, e isso foi bem importante pra minha carreira.

Nathália: Mas você acha que a pós-graduação ajuda muito?
ED: Olha, eu não fiz, mas tem como exemplo a Marcela Benvegnu (repórter do caderno de Cultura), ela fez Graduação em dança, é uma área em que ela se especializou e tem muita facilidade, então eu acho sim que ajuda muito.

Arthur: Você já trabalhou em algum outro veículo além do Jornal Impresso?
ED: Não, só no Jornal Impresso.

Arthur: Qual experiência mais marcante você teve aqui no Jornal?
ED: Em 2003 fizemos um caderno sobre os caminhos que o Coronel Barbosa fez ao descobrir Piracicaba, refizemos o caminho que ele fez, com esse caderno concorremos ao prêmio Esso de Jornalismo, ficamos entre os 3 melhores, isso me marcou muito. Entrevistei também a primeira mulher a tirar o BREVE de Aviação, e ao entrevistar uma pessoa você acaba conhecendo toda a história de vida da pessoa, isso é uma coisa muito mágica no jornalismo.

Arthur: Há quanto tempo você é editora do caderno de cultura?
ED: Estou como editora há aproximadamente 4 anos já.

Michaella: Qual sua rotina de trabalho?
ED: Chego as 10:00h aproximadamente, mas quando tem, por exemplo, 2 cadernos para serem fechados, chego aproximadamente ás 9:00h, e não tenho horário para sair. Tenho um Horário para fechar o caderno que semanalmente é as 19:00h, na verdade não tenho nem hora pra entrar nem pra sair.

Michaella: Qual a maior dificuldade que você encontra no dia-a-dia?
ED: A maior dificuldade é quando o entrevistado não retorna, o repórter fica esperando o retorno da fonte ou do entrevistado e esse não retorna, isso acaba atrasando tudo. Outra dificuldade são as fotos, as pessoas não tem noção que elas tem mandar fotos em alta resolução, as fotos têm que ficar lindas na impressão, já que 80% do jornal é visual.

Michaella: Você acha que os jornalistas estão saindo com uma boa formação da faculdade?
ED: Os professores não vão gostar nada do que eu vou falar. (risos) Mas a prática é importantíssima na profissão, mas o curso dá sim uma base, se você se dedicar o curso te dá uma boa base sim, por isso defendo o estágio, estágio bem orientado é claro, o nosso trabalho é seríssimo, você pode publicar uma matéria que pode mudar a vida de uma pessoa. A gente está com muita dificuldade pra encontrar um bom jornalista.

Arthur: O que você acha sobre a obrigatoriedade do diploma?
ED: Então como eu disse antes, o trabalho do jornalista é uma coisa muito séria, por isso eu acho importante passar pela faculdade, passar por um estágio, estando na faculdade você aprende sobre as coisas importantes da profissão, as coisas teóricas, ética. Eu sou a favor sim, afinal ralei 4 anos pra estar aqui.

Arthur: Qual a maior dificuldade e o maior benefício de fazer jornalismo no interior?
ED: Os maiores benefícios é essa proximidade que se tem com as pessoas, você sabe onde procurar e o que procurar as facilidades de deslocamento na hora de ir atrás de uma reportagem, Já uma dificuldade é exatamente por causa dessa proximidade, de você conhecer todo mundo, tem jornalista que pode ficar com rabo preso, ai depende do profissional.

Michaella: E sobre a Internet, você acha que ela é aliada ou inimiga?
ED: Como que eu sobrevivi sem ela? (risos) para mim é uma grande aliada, não sei como a gente fazia jornal antes.

Arthur: Muita gente fala que a internet está condenando o jornal impresso, o que você acha?
ED: Essa história de que o jornal impresso vai acabar existe desde que eu entrei na faculdade, e ele existe até hoje, e isso faz quase 10 anos. Eu não acredito que isso vá acontecer. Você sente prazer em folhear o jornal. Sobre a Internet, como qualquer coisa, você não pode acreditar em tudo que esta lá, ela serve como um ponto de partida.

Michaella: E pra concluir, qual o conselho que você deixa para aqueles que estão começando o curso de jornalismo ou para aqueles que pretendem prestar o vestibular para essa área?
ED: Você tem que ser curioso, não pode querer atuar numa só área, você tem que chegar e fazer de tudo um pouco, não dá pra ser arrogante e querer fazer só uma coisa, tem que ler muito, bem, boa sorte.

Foto: Extraída do vídeo filmado por Eduardo Costa

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