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segunda-feira, 1 de junho de 2009

I Fórum Vozes do Brasil




No dia 14 de Maio ocorreu em Rio Claro interior de São Paulo, o I Fórum Vozes do Brasil, sendo Elvio Joaquim Rocha o coordenador. Três integrantes do grupo “O Quarto Poder” presenciaram o tema da palestra “Mídia a serviço de quem?”.

O fórum que teve como objetivo também sanar necessidades políticas e cansaço da manipulação da “grande mídia” nos responde a pergunta, afirmando que a mídia serve apenas um setor, seja regional, étnico e social; influentes.
Estavam presentes os palestrantes Paulo Roberto Botão, Alcimir Antonio do Carmo, Jerry de Oliveira, Bia Barbosa e Eduardo Guimarães.

Surge também no debate a questão da suposta vilania da internet, a qual pudemos chegar a conclusão de que ela apenas permite maior eficácia em cumprir seu papel perante a sociedade, assim como fiscaliza os poderes que governam os cidadãos e as pessoas que os representem.

Paulo Roberto Botão afirma , “A mídia exerce um papel fundamental como nunca exerceu”, ele fala também que não podemos entender a internet como mais uma mídia.
Bia Barbosa recomendou o site : donosdamidia.com.BR, ela diz que o papel de comunicação é cada vez mais central.

Eduardo Guimarães é o criador do blog cidadania.com segundo ele a mídia deveria servir para sociedade, mas serve para um setor da sociedade, a uma pequena elite da população.
Através dos debates ficou claro que a internet traz sim contribuições para um melhor jornalismo.

Foto: Michaella Frasson

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Jornal de Piracicaba: indo além do jornal impresso




A visita realizada pelo grupo "O Quarto Poder" ao Jornal de Piracicaba, proporcionou a produção de diversos textos desde a história do jornal impresso até uma entrevista com a editora do caderno de cultura do jornal. Abaixo um índice com todos os artigos produzidos:



quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eleni Destro, editora do caderno cultural do JP afirma que obrigatoriedade do diploma para jornalismo é indispensável


Na visita realizada ao Jornal de Piracicaba, conversamos com a editora do caderno de cultura, Eleni Destro. Formada pela UNIMEP, ela trabalha como editora há 4 anos, e nos conta sobre sua rotina, suas experiências mais marcantes, sobre a obrigatoriedade do diploma e como é fazer jornalismo no interior.


"Os jornalistas devem ser polivalentes na profissão"

Arthur: Você se Formou na UNIMEP?
ED: Sim, me formei no ano de 2000.

Michaella: E logo depois você fez alguma Pós?
ED: Não, eu fiz alguns cursos de jornalismo: Jornalismo Científico, eu ganhei alguns prêmios por matérias e acabei fazendo um curso de Jornalismo Científico pela Unicamp. Eu entrei no jornal no começo de 2000, antes de me formar, fiz na verdade um estágio. Eu trabalho no Jornal desde 1991, mas em outra área, e isso foi bem importante pra minha carreira.

Nathália: Mas você acha que a pós-graduação ajuda muito?
ED: Olha, eu não fiz, mas tem como exemplo a Marcela Benvegnu (repórter do caderno de Cultura), ela fez Graduação em dança, é uma área em que ela se especializou e tem muita facilidade, então eu acho sim que ajuda muito.

Arthur: Você já trabalhou em algum outro veículo além do Jornal Impresso?
ED: Não, só no Jornal Impresso.

Arthur: Qual experiência mais marcante você teve aqui no Jornal?
ED: Em 2003 fizemos um caderno sobre os caminhos que o Coronel Barbosa fez ao descobrir Piracicaba, refizemos o caminho que ele fez, com esse caderno concorremos ao prêmio Esso de Jornalismo, ficamos entre os 3 melhores, isso me marcou muito. Entrevistei também a primeira mulher a tirar o BREVE de Aviação, e ao entrevistar uma pessoa você acaba conhecendo toda a história de vida da pessoa, isso é uma coisa muito mágica no jornalismo.

Arthur: Há quanto tempo você é editora do caderno de cultura?
ED: Estou como editora há aproximadamente 4 anos já.

Michaella: Qual sua rotina de trabalho?
ED: Chego as 10:00h aproximadamente, mas quando tem, por exemplo, 2 cadernos para serem fechados, chego aproximadamente ás 9:00h, e não tenho horário para sair. Tenho um Horário para fechar o caderno que semanalmente é as 19:00h, na verdade não tenho nem hora pra entrar nem pra sair.

Michaella: Qual a maior dificuldade que você encontra no dia-a-dia?
ED: A maior dificuldade é quando o entrevistado não retorna, o repórter fica esperando o retorno da fonte ou do entrevistado e esse não retorna, isso acaba atrasando tudo. Outra dificuldade são as fotos, as pessoas não tem noção que elas tem mandar fotos em alta resolução, as fotos têm que ficar lindas na impressão, já que 80% do jornal é visual.

Michaella: Você acha que os jornalistas estão saindo com uma boa formação da faculdade?
ED: Os professores não vão gostar nada do que eu vou falar. (risos) Mas a prática é importantíssima na profissão, mas o curso dá sim uma base, se você se dedicar o curso te dá uma boa base sim, por isso defendo o estágio, estágio bem orientado é claro, o nosso trabalho é seríssimo, você pode publicar uma matéria que pode mudar a vida de uma pessoa. A gente está com muita dificuldade pra encontrar um bom jornalista.

Arthur: O que você acha sobre a obrigatoriedade do diploma?
ED: Então como eu disse antes, o trabalho do jornalista é uma coisa muito séria, por isso eu acho importante passar pela faculdade, passar por um estágio, estando na faculdade você aprende sobre as coisas importantes da profissão, as coisas teóricas, ética. Eu sou a favor sim, afinal ralei 4 anos pra estar aqui.

Arthur: Qual a maior dificuldade e o maior benefício de fazer jornalismo no interior?
ED: Os maiores benefícios é essa proximidade que se tem com as pessoas, você sabe onde procurar e o que procurar as facilidades de deslocamento na hora de ir atrás de uma reportagem, Já uma dificuldade é exatamente por causa dessa proximidade, de você conhecer todo mundo, tem jornalista que pode ficar com rabo preso, ai depende do profissional.

Michaella: E sobre a Internet, você acha que ela é aliada ou inimiga?
ED: Como que eu sobrevivi sem ela? (risos) para mim é uma grande aliada, não sei como a gente fazia jornal antes.

Arthur: Muita gente fala que a internet está condenando o jornal impresso, o que você acha?
ED: Essa história de que o jornal impresso vai acabar existe desde que eu entrei na faculdade, e ele existe até hoje, e isso faz quase 10 anos. Eu não acredito que isso vá acontecer. Você sente prazer em folhear o jornal. Sobre a Internet, como qualquer coisa, você não pode acreditar em tudo que esta lá, ela serve como um ponto de partida.

Michaella: E pra concluir, qual o conselho que você deixa para aqueles que estão começando o curso de jornalismo ou para aqueles que pretendem prestar o vestibular para essa área?
ED: Você tem que ser curioso, não pode querer atuar numa só área, você tem que chegar e fazer de tudo um pouco, não dá pra ser arrogante e querer fazer só uma coisa, tem que ler muito, bem, boa sorte.

Foto: Extraída do vídeo filmado por Eduardo Costa

Uma breve história do jornal impresso


O chamado jornalismo moderno, começou no século XVI, nos Cafés de Londres, onde os donos dos cafés estimulavam conversas com os viajantes, que contavam o que haviam visto pelo caminho. Os tipógrafos recolhiam as informações e depois imprimiam. Os primeiros jornais, saíram desses cafés em 1609.

Segundo Bill Kovach e Tom Rosenstiel (autores do livro "Os Elementos do Jornalismo") a escrita teve um grande avanço. Antes eram usados suportes como tiras de chumbo, pele e o papiro. Os romanos escreviam a Acta Diurna (documentos oficiais de Roma, que se tornavam públicos), com as tiras de chumbo. Com a revolução da escrita, houve o surgimento da imprensa.

A imprensa diária chegou ao Brasil em 1808, tal atraso se deu por motivos políticos e econômicos.

Johannes Gutenberg ficou conhecido como o grande revolucionário da impressão, por ter feito sua grande obra impressa, a Bíblia; mas os verdadeiros criadores da imprensa, foram os chineses, pois mesmo antes de Gutenberg, as noticias já circulavam.

As primeiras publicações jornalísticas, surgem no começo do século XVII, na Alemanha, nos Paises Baixos e na Inglaterra.


Gazeta do Rio de Janeiro começou a circular em setembro de 1808

Na história do jornal impresso, estão as Gazetas, as noticias eram vinculadas ao interesse mercantil (chegada de navios, relato de guerras), eram periódicas e manuscritas. Gazeta era a moeda utilizada em Veneza, no século XVI, os manuscritos e periódicos custavam uma moeda, ou seja ,uma gazeta. Começou a circular em 1808, no Rio de Janeiro e deixou de circular em 1822, com a Independência. Essas informações mercantis deriva das Letteri D`avvisi (cartas manuscritas, não periódicas, que já eram recebidas pelos comerciantes venezianos,desde o século XIII). Esse tipo de informação (Letteri D`avvisi), começou a criar atritos pelos nobres e religiosos que começaram a se sentir prejudicados pela exposição pública.


Correio Braziliense foi o primeiro jornal do Brasil (Julho de 1808)


No Brasil, o primeiro jornal foi de opinião (que era de função política), o Correio Braziliense, de Hipólito da Costa, em 1808, era em formato de um livro e não tinha colunas nas páginas. Era impresso em Londres e trazido clandestinamente ao Brasil.

Segue abaixo algumas diferenças entre os dois jornais:



Correio Braziliense:

Gazeta do Rio de Janeiro:

Surgiu em junho de 1808

Surgiu em setembro de 1808

Era impresso em Londres

Era impresso no Brasil

Mensal

Bi-semanário

Publicava, em média, cem páginas

Publicava, em média, quatro páginas

Criticava o governo brasileiro

Era favorável ao governo


Bibliografia e Imagens:

KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do Jornalismo

AMARAL, Luiz. Técnica de jornal e periódico

PENA, Felipe. Conceitos e histórias

AZEREDO, Diana. Imprensa brasileira completa 200 anos. Disponível em Folha do Mate. Acessado em 29/04/09


Um pouco da história do Jornal de Piracicaba


O Jornal de Piracicaba foi fundado em 04 de Agosto de 1900, três dias após o aniversário de 133 anos de Piracicaba. Neste período, ideais progressistas dominavam um Brasil pós-abolicionista, que começava a se transformar nos campos sociais, econômicos, políticos e tecnológicos, especialmente nos setores de educação e artes.

O principal mentor do periódico diário, era o engenheiro Buarque de Macedo, proprietário da Fábrica de Tecidos Santa Francisca, que saiu de Sorocaba em 1898 para se instalar na cidade de Piracicaba como encarregado do Sindicato das Indústrias. Macedo uniu-se ao também engenheiro Alberto da Cunha Horta (gerente) e ao advogado, poeta e filósofo Antônio Pinto de Almeida ferraz (redator). A este trio coube a missão de colocar na praça um periódico diário - quatro páginas frente e verso - e concorrer com a extinta "Gazeta de Piracicaba", então com 18 anos.

A partir de 1912 o JP é adquirido por João Franco, sob o lema da imparcialidade nas notícias. Empreendedor de visão, ele fez campanhas de venda de anúncios, adquiriu o prédio na área central - na rua Moraes Barros - abriu uma papelaria e livraria e aumentou a tipografia. Franco permaneceu à frente do jornal até 1939 e como decidiu se aposentar, colocou a empresa à venda. De 1933 a 1939, o responsável pela expansão da redação foi o professor e historiador Leandro Guerrini, um dos principais intelectuais da época.


Anúncio da papelaria do Jornal de Piracicaba

O JP atraía a atenção da família Losso e as negociações para a transferência do empreendimento, foram facilitadas graças às boas relações que mantinham com Franco: José Losso fazia anúncios de seus negócios no periódico desde o primeiro exemplar e sua casa lotérica era vizinha do jornal.


Compra da empresa pela família foi anunciada na primeira página do JP, no comunicado "A Praça"

No dia 15 de março, a compra do JP por José Losso (e também seus filhos Fortunato Losso Neto e Eugênio Luiz Losso, que mais tarde teriam o negócio em seus nomes, por causa da Segunda Guerra Mundial, já que o cerco se fechou para imigrantes) estava noticiada na primeira página.

Este ano completa 70 anos da família Losso à frente do matutino e para os diretores significa que a cidade recebeu o jornal de braços abertos, porém isso não seria possível se não houvesse credibilidade na notícia.

O primeiro editorial do Jornal de Piracicaba foi escrito por Antonio Pinto de Almeida Ferraz (já se foram quase 109 anos desde sua data de publicação). E o primeiro editorial do Jornal nas mãos dos Losso foi de autoria de Fortunato Losso Neto, que se dedicou por 46 anos ao seu trabalho (e da data de sua publicação já se passaram pouco mais de 70 anos).

'Eis o que poderemos trazer ao Jornal de Piracicaba: a nossa luta, os nossos esforços, para, diuturnamente, procurar manter, dentro de um paradigma de rígida independência, esse nível de incontrastável prestígio e autoridade a que tão sabiamente o elevaram os nossos ilustres antecessores, no seio da sociedade piracicabana'

Marcelo Batuíra C. Losso Pedroso, bisneto de J.R Losso faz uma definição muito interessante e coerente do que faz um jornalista sobreviver tanto tempo: sua independência.

"Jornais vão e vêm com o sabor dos investimentos que lhes são aportados: podem ser bonitos, bem impressos e baratos, podem até ser gratuitos, mas não sobrevivem por muito tempose não tiverem independência e liberdade.

A independência que um Jornal possui lhe outorga um bem sem preço: sua credibilidade.
Jornal sem credibilidade é como um pássaro que não possui asas, um borrão num papel, um quadro sem assinatura, um folheto que se distribui nos semáforos."


Referência Bibliográfica e Imagens : 70 anos da família Losso à frente do JP (Caderno Especial). Jornal de Piracicaba. Piracicaba. SP. 3 mar. 2009.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Mais da Visita ao Jornal de Piracicaba





Fotos
: Eduardo Costa e Matheus Rontani


Conhecendo o Jornal Piracicaba







O Jornal de Piracicaba foi fundado há mais de 100 anos, porém sua sede localizada na Av. Com. Luciano Guidotti , onde a visita foi realizada, foi inaugurada em 1995.
A visita foi instruída pela editora chefe do caderno de cultura, Eleni Destro, que trabalha no jornal desde 1991, quando trabalhava como revisora de texto, após isso passou a cuidar do projeto "JP na Escola" por 3 anos.
Hoje além de editora do caderno de cultura, também é editora do caderno suplementar "Tribos".



Inicialmente conhecemos a redação do jornal, que é composto por 22 jornalistas (que inclui editores e repórteres), 1 pesquisadora, 4 paginadores e 5 fotógrafos, além de 3 revisores.





O local de impressão estava em manutenção pois funciona só a noite (e a visita foi realizada pela manhã).
A impressão parte de 4 cores (azul, amarelo, vermelho e preto) - no caderno de 4 folhas apenas a capa é colorida. A máquina que cuida da impressão possui 4 chapas para cada página, que é monitorada por 8 impressores e 1 pessoa cuida da manutenção. São usados 380 kg de papel para a impressão, e o jornal não possui número fixo de páginas, variando entre 50.
A impressão começa as 22h, após esse processo o jornal passa pela amontação e encadernação, que é manual, e por fim há a distribuição que se inicia as 04h, e o assinantes recebem os exemplares por volta das 06h30min, 07h.
A tiragem é de 20 mil exemplares de terça a sexta (o jornal não é veiculado as segundas) e dos domingos. 22 mil.

No local onde acontece a impressão, há um painel, criado na inauguração, com imagens que representam Piracicaba (uma homenagem ao Rio Piracicaba).



De volta a redação, soubemos que um programa de computador chamado SDE é usado na elaboração do jornal. O caderno de Cultura é o primeiro a ser fechado (as 19h). Além do caderno de Cultura (que apenas muda o nome as sextas e domingos), os cadernos de Economia, Esporte, e Cidade são fixos.
Os cadernos suplementares com veiculação apenas aos fins de semana são: Jornalzinho, Tribos, Movimento, Arraso e Fim de Semana.

Conhecemos também um departamento específico para o tratamento de imagem, onde acontece uma melhoria na qualidade da imagem, para compensar a má qualidade do papel. Por isso só são aceitas fotos em alta qualidade para serem usadas.
Ainda neste departamento conhecemos uma máquina de grande utilidade, que faz com que a chapa já saia pronta para a impressão.






Há um departamento de marketing, onde são vendidos espaços destinados a publicidade, que por sinal também tem uma pequena agência no jornal, destinada a anunciantes que não possuem anúncios prontos.
Finalmente conhecemos a sala de reuniões, onde são realizadas as reuniões de pauta, e onde entrevistamos a editora Eleni Destro, e a repórter do caderno de Cultura, Marcela Benvegnu.




Fotos: Matheus Rontani e Eduardo Costa

Visite o site oficial do Jornal de Piracicaba, e acesse o Jornal On Line ;D

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O jornalismo contemporâneo e a sociedade

O jornalismo moderno é caracterizado pela ampliação da vida urbana, a formulação de um público leitor, o que cria um público cada vez mais exigente. Entre outras características estão também a periodicidade-tempo, atualidade-tempo e a universalidade (espaço e tempo).
O jornalismo contemporâneo a cada dia que passa, amplia a maneira de transmitir informações dos mais diferentes interesses da comunidade.
Há a chamada "crise do jornalismo contemporâneo" que aponta que todas as formas de mídia publicam ou veiculam o que "vende" ou é "mais polêmico" e não o que é de real interesse de seu público.
Hoje em dia, tendo a tecnologia como aliada, a disseminação de qualquer informação ficou muito mais fácil, à partir da internet todo mundo pode dizer, escrever o que bem entende, porém isso não significa que todos sejam jornalistas. Para legitimar, dar sentido e organizar as informações para a sociedade é necessário jornalistas éticos e bem formados.
Enfim, o jornalismo contemporâneo com sua grande abrangência consegue responder às necessidades de conhecimento da sociedade, que ora se mostra muito limitada, ora se mostra exigente demais.

Numa breve análise sobre o conceito de opinião pública como norte da informação, usaremos como exemplo o ritmo com que as matérias de grandes mídias são exibidas nos noticiários televisivos do horário nobre da noite. Esses programas jornalísticos, que têm como objetivo resumir os principais assuntos do dia, precisam ser dinâmicos na apresentação dos temas. Desta forma, a atenção do telespectador passa do assunto sobre segurança nacional para o último escândalo envolvendo alguma celebridade. De modo geral, assim, como se “dançássemos conforme a música” realmente, fica difícil formar uma opinião a respeito de fatos e muito mais fácil emprestá-la, pronta para o consumo. A opinião pública perde, não raro, seu “palco” de debates ocupando o lugar de “expectador” e a informação ganha outros norteadores.

Sugestão de Leitura: SASTRE, Angelo. Observatório da Imprensa. JORNALISMO CONTEMPORÂNEO O que fazer contra a crise de identidade.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Jornalismo Através Dos Séculos

A história do que entendemos por jornalismo começa a partir do século XV, em um contexto mais do que favorável, o surgimento de meios de comunicação em massa era inevitável. O renascimento cultural, a reforma religiosa e o despontar do capitalismo atual faziam os Estados Modernos borbulharem notícias. A evolução tipográfica e o surgimento das primeiras gazetas periódicas (jornais diários de informação) foram fatos que marcaram a trajetória do jornalismo entre os séculos XVI ao XVIII

A partir do século XVIII, a produção dos jornais sofreu uma mudança radical graças à revolução industrial, adquiriu um caráter mais comercial, com produções em grande escala, reflexo do iníco do capitalismo de fato como conhecemos hoje. Houve participação ativa da imprensa na Revolução Francesa, nas Guerras Napolêonicas e na ascenção da burguesia ao poder, no lugar da nobreza. Destaque para o jornal “L'Ami du Peuple” escrito por Jean-Paul Marat durante a revolução francesa, conhecido por ter participação essencial nas revoltas e brilhante visão política, livre de interesses.

No século XIX, houve o surgimento de ferramentas para se produzir jornais impressos diários, graças a evolução dos meios de comunicação impressa. Despontava também a procura de notícias sensasionalistas, no interesse de aumentar ainda mais as tiragens dos jornais que tiveram nesse século sua época áurea. O fato, de fato virou mercadoria. Cada dia mais, à partir da fase industrial, a informação tinha um preço. Seguindo essa tendência, surgiram as Agências de Notícias, que produzem até hoje a informação e as vendem para grandes jornais. Com a produção industrial de jornais, foi natural a criação de um modelo para notícias enlatadas, conhecido como Lide, que tinha como principal função a objetividade e a imparcialidade nas notícias.

Já o jornalismo do século XX foi marcado pelo avanço do jornalismo no rádio, que teve participação crucial na primeira guerra mundial, sendo usado largamente pelo governo estadunidense principalmente, para implantar o sentimento de patriotismo em sua população. Notória participação da imprensa na Grande Depressão e na manipulação da população durante a Guerra Fria.

Jornalismo Pós-Industrial, essa é a descrição do jornalismo do século XXI.

Com o surgimento de tecnologias nunca antes imaginadas, a imprensa atingiu o limite da instantaniedade, colocando fim ao problema da distância. Hoje, vivemos em uma aldeia global, graças a internet e ao seu alcance mundial. Há formas alternativas de jornalismos, como blogs, twitter e micro-empresas que nunca seriam possíveis há alguns anos. A essa altura, com tamanha tecnologia a disposição da informação, é quase imposssível prever a próxima tendência jornalística do século seguinte.


sábado, 4 de abril de 2009

Protesto em Brasília para a continuidade da exigência do diploma de jornalismo



Vários alunos de jornalismo de diferentes universidades se reuniram no dia 1º de abril de 2009 em frente ao Superior Tribunal Federal, em Brasília, para protestar contra a iniciativa do Ministro Gilmar Mendes em defender a não obrigatoriedade do diploma para a profissão de Jornalismo.
Liderados pela UNIMEP, com gritos e instrumentos musicais, os alunos protestaram pacificamente, pedindo para que não aplicassem esse ‘golpe’ na profissão que eles escolheram.
Com gritos como "Ô seu ministro, preste atenção, muito respeito com a nossa profissão", os alunos conseguiram uma visibilidade além de mostrar para quem estava dentro daquele prédio que o jornalismo merece ser feito com qualidade e ética e isso será mais fácil se o diploma for obrigatório. No entando após dois votos pela extinção da Lei de Imprensa, STF adia julgamento para o dia 15.




Em uma recente entrevista com uma das editoras do Jornal de Piracicaba, Elieni Destro, ela diz que é indispensável o diploma para o jornalista, pois é fundamental que ele conheça aquilo que escolheu para a sua vida profissional.
Afinal quando somos questionados sobre a nossa profissão respondemos sem hesitar: Sou Jornalista, e "ser" uma profissão é muito mais do que fazê-la bem, é sentí-la, vivê-la e principalmente conhecê-la como ninguém; o amador desconhe essas três condições básicas para se afirmar como alguém

Imagens: Lucas Fontes

terça-feira, 24 de março de 2009

Blogs Jornalísticos: O Saber Democratizado

Legitimar informações de interesse público, interpretar fatos relevantes e disponibilizar ferramentas para formar uma sociedade mais crítica. Entre outros papéis, esse é o objetivo da imprensa na sociedade contemporânea.
Nós, como futuros jornalistas, somos responsáveis pela veiculação de notícias para proporcionar ao povo fatos e não interpretações parciais deles. A partir disso, possuindo informações verossímeis, a sociedade se auto governa.

O quarto poder é uma expressão criada para qualificar, de modo livre, o poder da mídia ou do jornalismo em alusão aos outros três poderes típicos do Estado democrático (Legislativo, Executivo e Judiciário).

O blog surgiu também como uma nova ferramenta jornalística e por meio deste, informações e reportagens feitas por nós mesmo, a fim de encaminhar respostas a uma fatia social que muitas vezes é negligenciada.
Agora, a partir do “Quarto Poder” traremos o jornalismo que se limita ao senso crítico ao senso comum, possibilitando a mudança.